quarta-feira, 8 de junho de 2016

Ser delicada



 
Ser delicada

Nosso café hoje vai ter o gosto de delicadezas.
Esta é a palavra do momento: Delicadeza!

Ando toda delicada, como as asas de borboletas.
Ando com olhar de jaboticaba e coração de algodão.
Não quero espinhos. Hoje não. Hoje não!

Quero o silêncio do sussurrar do amor,
que chega e pousa delicadamente.
E que faz cócegas no estômago,
e faz sorrir a alma em paz de aurora.

Hoje não quero falar de lágrimas,
a não ser que elas falem de coisas
e lembranças totalmente delicadas.

Quero me desmanchar feito algodão doce
sob o orvalho matinal. Quero ser isso:
a serenidade das asas de anjos;
a resiliência das pontas dos pés das bailarinas;
quero ser a umidade láctea das estrelas no infinito,
mas tudo com muita calma, porque sereno é mais bonito.

Venho de guerras meu amor, várias delas!
Até a pouco estava vestida de armadura,
mas um anjo me avisou que é finda a guerra,
e há paz na terra, nessa minha terra inventada,
e nela, estou despida de todas as armas,
e nua e crua e livre para ser delicada.

Lilly Araújo – 08/06/16
12:49h

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