Ser delicada
Nosso café
hoje vai ter o gosto de delicadezas.
Esta é a palavra
do momento: Delicadeza!
Ando toda
delicada, como as asas de borboletas.
Ando com
olhar de jaboticaba e coração de algodão.
Não quero
espinhos. Hoje não. Hoje não!
Quero o silêncio
do sussurrar do amor,
que chega e
pousa delicadamente.
E que faz
cócegas no estômago,
e faz sorrir
a alma em paz de aurora.
Hoje não
quero falar de lágrimas,
a não ser
que elas falem de coisas
e lembranças
totalmente delicadas.
Quero me
desmanchar feito algodão doce
sob o orvalho
matinal. Quero ser isso:
a serenidade
das asas de anjos;
a resiliência
das pontas dos pés das bailarinas;
quero ser a umidade
láctea das estrelas no infinito,
mas tudo com
muita calma, porque sereno é mais bonito.
Venho de
guerras meu amor, várias delas!
Até a pouco
estava vestida de armadura,
mas um anjo
me avisou que é finda a guerra,
e há paz na
terra, nessa minha terra inventada,
e nela,
estou despida de todas as armas,
e nua e crua
e livre para ser delicada.
Lilly Araújo
– 08/06/16
12:49h
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