domingo, 12 de junho de 2016

Parir




 
Parir

Parturiente de poesia,
dói-me  as vísceras,
seguida do choro de alegria.

Eu sou o esterco
que nutre a planta.
A planta que gera a flor.

Eu sou arauto do sublime amor.
Sou a ave que canta,
ainda que com asas quebradas,
apenas continuo a jornada.

E se me arderem os pés,
então rastejarei.
Porque eu sou isso que sou,
e sou tudo isso que sei.


Lilly Araújo – 18/05/2016
(02:10h)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por vir até aqui e ainda deixar sua opinião.Bjos!

MyFreeCopyright.com Registered & Protected