terça-feira, 14 de junho de 2016

Perdoa-me meu amor



 
Perdoa-me meu amor

Perdoa-me meu amor, se por amor eu tenho entendido essa palavra num sentido tão raso, tão humano, de um modo que se desumaniza a cada novo ano!

Perdoa-me, se o amor que é amor de verdade está tão sem representantes nessa terra de ninguém, exceto no coração das mães, claro, porque, amor que é amor só essas sabem cantá-lo com a destreza de todas as notas musicais.

Perdoa-me se falo de amor, e essas palavras tropeçam como a dentadura solta na boca de um banguela senil. É que só sei ainda esse pouco, tão pouco, de sentimento que busco como um louco, mas ainda é quase nada em vista do amor de verdade.

Perdoa-me toda minha humanidade! Ou desumanidade! Toda minha ilusão em amar. Minha falta de tato ao te falar e minha falta de empatia, advinda do cansaço de viver anos dando sem receber.

Mas o amor não foi feito para esperar coisa alguma em troca. O amor foi feito mesmo para se sentir e só.

Perdoa-me outra vez essa minha humanidade, esse meu cansaço, esse momento em que, exausta, eu apenas sentei-me na sarjeta e estendi meus braços esperando que o amor me abraçasse e me salvasse de mim mesma.

Mas o amor já me salvou! Hoje eu entendo. Não era como eu pensava, mas era transcendente a todas minhas suposições. O Amor me salvou para além dessa vida. Para um perpetuar eterno de quando esse corpo acabar-se.

Obrigada meu amor, porque você me amou assim mesmo.

Lilly Araújo – 14/06/16
(11:30h)

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