Eu penso que
sou
Amanhece.
Estou com os
cabelos vermelhos
recém pintados
contra a luz do sol,
eles brincam
de nuances diante de meus olhos.
Eu me
encanto com a luz nos fios escarlates,
e penso que
eu mesma sou luz do sol,
e vou
amanhecendo...
Sonhei com
borboletas
sobrevoando
meu céus esta noite,
em nuvens de
cores psicodélicas e sólidas.
Havia tantas
delas, que de repente,
não era mais
céu, só borboletas.
Eu sou
borboleta vermelha,
ou azul, ou
celofane,
quem há de
saber?
Anoitece.
E a luz foge
de mim desorientando meu eu,
descubro
atônita, que na minha
pretensão de
ser sol, eu não era nada.
Sento-me na
calçada,
a alma
cabisbaixa e as palavras caladas.
— Eu não sou
nada!
O silêncio é
quebrado
por um
lampejo de luz que me distraí
da introspecção melancólica:
são vaga-lumes
esverdeados.
— eles pensam
que são estrelas!
Eu sorrio, eu
vou seguindo esse brilho...
Eu penso que
eu mesma sou estrela.
Anoiteço!
Lilly Araújo
– 07/06/16
(10:10h)
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