segunda-feira, 21 de novembro de 2011

VIº CONCURSO POESIARTE DE POESIA



VIº CONCURSO POESIARTE DE POESIA

REGULAMENTO

1-Participantes:

Poderão participar do concurso moradores do município de Cabo Frio e demais municípios do Brasil, com idade a partir de 8 anos e também aceitando participações internacionais, sendo que o poemas sejam escritos em língua portuguesa.

2. Período de inscrição:

Os trabalhos deverão ser entregues para:

 Rodrigo Octavio Pereira de Andrade, no seguinte endereço: Rua Jorge Lóssio, n°1478, Vila Nova – Cabo Frio/RJ.– CEP 28907-015, as inscrições serão aceitas de 21 de novembro  de 2011 a  7 de janeiro de 2012 ou enviadas por Correio até a mesma data, valendo o carimbo postal como comprovante do prazo ou para os seguinte  e-mail: poesiarte@hotmail.com .

3. Modalidade:

3.1- Poesia – 1 (uma) por concorrente, com o máximo de 3 (três) laudas (folhas).

4. Tema: LIVRE.

5. Textos:

5.1. Deverão ser escritos em língua portuguesa, digitados em papel branco A4, de um só lado da folha em fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12, espaço 1,5, em 5 (cinco) vias(cópias);

5.2. Não serão aceitos trabalhos manuscritos. (ver item 3.1)

5.3. Os trabalhos deverão ser inéditos, isto é, ainda não publicados em nenhum meio de comunicação ou em livro e principalmente por sites ou blogs na internet.

5.4. Os textos deverão conter exclusivamente o título da obra e o pseudônimo do autor.

5.4.1. Os pseudônimos não deverão guardar qualquer semelhança com o nome, apelido ou outro fator de identificação do concorrente.

6. Apresentação dos trabalhos – Envelope e Via Email.

6.1. Os trabalhos deverão ser enviados dentro de um envelope endereçado da seguinte maneira:

VI° CONCURSO POESIARTE DE POESIA

Rodrigo Octavio Pereira de Andrade
Rua Jorge Lóssio, n°1478, Vila Nova – Cabo Frio-RJ.
CEP 28907-015.

No remetente deverá vir escrito o nome do autor e o endereço.

6.1.1. O pseudônimo não poderá vir escrito no exterior do envelope.

6.2. Todas as folhas dos trabalhos deverão conter apenas o pseudônimo no rodapé, sem assinatura ou qualquer tipo de identificação.

6.3. A ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada deverá vir dentro do envelope.

Modelo de ficha de inscrição:

Nome completo:

Cidade de origem:

Data de nascimento:

Cidade que representa:

Atividade: (Profissão).

Título do poema:

Pseudônimo:

Site ou blog:

Email:

Uma foto, pois um dos premiados terá uma caricatura feita pelo Zel Humor. Se for via email, envie a foto digitalizada.

6.4. Não haverá devolução dos trabalhos recebidos.

6.5. Os trabalhos que não obedecerem às regras estipuladas serão automaticamente desclassificados.

6.6. Os poemas enviados por via email deverão estar em documento Word, seguindo as especificações do item 5.1.

7. Julgamento:

7.1. O corpo de jurados será formado por profissionais da área, altamente qualificados e designados pela Comissão Organizadora do Concurso, que serão conhecidos e apresentados brevemente nos seguintes blogs:




7.2. As decisões do júri são soberanas e irrecorríveis.

7.3. Serão ainda critérios para julgamento:

7.3.1. Demonstrar conhecimento da linguagem. Seguindo os seguintes itens: conotação (figuras de linguagem), intertextualidade, ritmo, vocabulário e criatividade.

7.3.2. Manter o texto dentro das dimensões propostas no Regulamento.

7.3.3. Não serão aceitos temas pornográficos, preconceitos de cor, raça, religião e etc. Desta forma, a poesia será imediatamente vetada.

7.4. A comissão organizadora decidirá sobre as omissões deste regulamento, depois de ouvida a opinião do júri.

8. Divulgação dos resultados:

A divulgação dos poemas inscritos com os seus pseudônimos será feitas através do blog do concurso, que também divulgarão o resultado final do mesmo nos seguintes links:




9. Premiação:

9.1. O primeiro colocado receberá um certificado de participação, o livro POETAS DEL MUNDO EM POESIAS  (volume 1),  medalha de ouro e uma caricatura do Mestre Zel Humor .

9.2. O segundo colocado receberá um certificado de participação, o livro O SOL DA PALAVRA da poetisa CELI LUZ e  medalha de prata .

9.3. . O terceiro receberá um certificado de participação, o livro  AUTO DA COMPADECIDA de ARIANO SUASSUNA e medalha de bronze.

Obs.: Caso no decorrer do concurso a comissão organizadora possa adquirir patrocínios os prêmios serão mais pomposos com a realidade do concurso.

9.4. O júri poderá indicar ainda duas menções honrosas, que receberão certificados.

9.5. Em nenhum dos níveis de premiação será permitido o empate.

10. Disposições Gerais:

10.1. O PROJETO POESIARTE se reserva no direito de publicar poemas, vencedores ou não, em livros, ficando explícito que o ato de inscrição através da ficha implica em autorização para publicação.

Cabo Frio, 20 de novembro de 2011.


Rodrigo Octavio Pereira de Andrade (Rodrigo Poeta)
Coordenador do Concurso POESIARTE.

Confira o Edital


domingo, 20 de novembro de 2011

É possível dar certo o amor


P.S: Texto retirado do Blog Ovelha Magra do autor Pablo Massolar

Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2011

É possível dar certo o amor


Caro(a) Leitor(a),

Todo mundo sonha com um relacionamento perfeito e duradouro. As meninas com seus príncipes encantados, educados, gentis, sensíveis e montados em seus cavalos brancos. Enquanto os meninos sonham com as princesas sempre delicadas, femininas e eternamente apaixonadas pelo seu herói. Uma vez conquistada a princesa, o príncipe não precisa mais se preocupar em conquistá-la outras vezes... É um mundo onde não há TPM nem planos que dão errado ou falta de dinheiro.

Os contos de fadas sonhados por príncipes e princesas, geralmente começam pelas aventuras e ciladas e terminam no beijo vitorioso do "felizes para sempre", mas a realidade do dia a dia revela outras curvas, na maioria das vezes, começando pelo beijo apaixonado e terminando nas ciladas aventureiras de um conto de fadas que não suportou a dureza da rotina da vida real.

Pelo caminho vão caindo alguns príncipes mutilados de guerra, que viraram sapos; e princesas ressecadas pela vida que viraram rainhas malucas, depressivas ou traumatizadas do "amor".

Aos adultos que lêem este texto não preciso dizer que a vida não é um "faz de contas", que o príncipe pode ter chulé ou acordar com mau hálito e a princesa, bem... a princesa não terá este rostinho de capa de Revista Querida para sempre, e também, nem todos os dias estará receptiva aos cortejos do “gajo”...

No entanto, não estou aqui para desacreditar o amor, nem para fazer fila aos que dizem que o amor verdadeiro não existe. Pelo contrário! Embora, segundo os números do CNB (Colégio Notarial do Brasil), que representa os tabeliães de todo o país, a quantidade de divórcios venha crescendo impressionantemente nos últimos anos, quero afirmar que é possível ser plenamente feliz em um relacionamento duradouro, sim! Encontrar alguém que queira viver a vida comum ao nosso lado é uma bênção, e também um desafio, é verdade! Afirmo que não há melhor sentimento de realização e plenitude do que tomar decisões (importantes ou corriqueiras) com quem deseja construir a mesma vida e futuro ao lado da gente.

É preciso muito esforço, vontade de aprender e, principalmente, a sensibilidade para no momento certo, abrir mão de querer ter razão sempre. Às vezes é preciso “perder” para ganhar, ou seja, entre magoar desnecessariamente e ter razão, prefira perder a razão por um momento mas valorizando a harmonia da relação.

Aprendi que existem três colunas que são a base de todo e qualquer relacionamento duradouro. Na falta de qualquer uma delas a relação pode desmoronar e provocar um grande estrago. As outras coisas são adornos, são importantes também, mas estas três são a estrutura principal. Eu os chamo de tripé Verdade, Fidelidade e Amor. Nenhum desses três pilares é mais ou menos importante que o outro, devem ser erguidos juntos, não se pode abrir mão de qualquer um deles e devem ser vividos integral e equilibradamente pelos dois lados da relação.

Faça um "pacto da verdade" com você mesmo, em primeiro lugar, e com quem deseja caminhar ao seu lado, de mãos dadas, na vida em comum. É preferível uma verdade dolorida e curadora do que uma mentira enganosamente anestesiante que não cura ou trata a ferida aberta. A verdade sempre dita com o coração aberto produz confiança e libertação.

Por outro lado lembre-se que a verdade jamais deve ser dita sem amor, por vingança e/ou para ferir. Não use a verdade para o teu próprio interesse, mas deixe que ela conduza o teu coração. No caminho da verdade podemos perceber claramente por onde estamos caminhando e fazendo outras pessoas caminharem conosco. Longe da verdade todos os caminhos ficam turvos e perigosos.

Fidelidade não é só não trair, não saindo ou ficando com outra pessoa. Também, mas não somente isto. Fidelidade é sobretudo, manter o vínculo vivo, a cumplicidade apesar de todas as forças, sentimentos e situações que nos tentam ao contrário. O coração inviolável não é aquele que não passa pelo medo da tentação de ceder, ainda que só por um momento, mas sim aquele que da fraqueza consegue reunir forças para dizer: "não!" e permanecer fiel até o fim.

Muitos pensam que nunca traíram seus parceiros, tão somente porque nunca tiveram um relacionamento físico extraconjugal. O problema é que a traição também pode acontecer no nível emocional, pode-se trair muito mais profunda e perigosamente ao deixar a mente e o coração vagarem para além da pessoa com quem prometemos viver a vida em comum. Tome cuidado para não trair seu/sua parceiro/a com família ou amigos. A fidelidade conjugal prioriza a pessoa amada em todas as situações.

A fidelidade é parceira, é cúmplice e deseja o bem mútuo. A fidelidade não é egoísta, antes, pelo contrário, pensa no melhor para os dois lados, sempre. Ainda que se tenha de abrir mão de algum projeto ou desejo pessoal/particular.

O amor é sempre respeitoso e entende os limites. É paciente, sabe esperar a hora certa, não de forma doentia, mas alegre e esperançosamente. O amor pode ser confundido facilmente com paixão, mas o amor verdadeiro jamais acaba. Paixão é enfeite, tempero, fumaça, mas o amor é coluna.

No amor não há medo, não há agressão, não há tortura física ou psicológica. Ao mesmo tempo o amor sabe perdoar o imperdoável, consegue crer no inacreditável. No amor não há vergonha, nem exposição de intimidades constrangedoras. O amor faz valer a verdade e a fidelidade dedicada. Um alimenta o outro. O amor dá sabor e calor, aconchego.

Relacionamento não é só o início, mas o todo, durante a vida toda. É feito de bons e maus momentos, alegres e tristes, mas enquanto há vida nos dois ainda dá tempo de erguer as colunas que faltam ou solidificar alguma delas que esteja vulnerável. Leva tempo, eu sei, mas é melhor começar de uma vez, mesmo que seja por apenas um dos lados e, enquanto se constrói, fazer o convite do que deixar a vida passar e não construir nada.

O Deus que criou relacionamentos possíveis te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!



Nota importante: Jesus ensinou a dar de graça o que recebemos de graça. Se esta mensagem, de alguma forma, lhe fez bem, então provavelmente ela poderá fazer bem para outras pessoas que você conheça. Gostaria de sugerir, se não for constrangimento para você, que compartilhasse e encaminhasse este e-mail para o seu círculo de amigos e conhecidos. Fazendo isto você potencializa, em muito, o alcance da Palavra que já fez tanto bem aos nossos corações.
Leia outros artigos em www.ovelhamagra.com

sábado, 19 de novembro de 2011

Dia da Bandeira


MÃOS DE SEDA
Newton Meyer Azevedo

... As agulhas cosiam... Dedos finos,
rodeados por anjos pequeninos,
corriam suavemente no cetim.
Bordado em campo azul, verde e amarelo,
nascia ali o pavilhão mais belo,
retrato do ideal de Benjamim!

Nas cores já incorpora a tradição
de heroísmo, Progresso e de União
que o “lábaro estrelado” representa.
Não tem o negro- dos canhões das guerra,
nem o vermelho heráldico que encerra,
no simbolismo, a aspiração sangrenta.

A mão de Deus - e o povo brasileiro,
quiseram-no sagrar sob o Cruzeiro,
em campo azul – de estrelas abissais,
retratando o docel do firmamento,
fonte perene de conforto e alento,
agasalho sublime de ideiais!

Repetindo o refrão – “Bendita sejas!”.
- quando por todo o país drapejas,
ungindo o Território Nacional!
Ungindo a todos nós – no mesmo teto,
na mesma língua, mesmo chão e afeto,
num grande abraço, verde e maternal!

E, “Mãe” é o nome justo- e mais propício,
pois que contém Amor e Sacrifício,
- a moldura ideal do teu perfil!
Pano que eu beijo- revivendo a Glória
da retidão moral da tua História,
Bandeira abençoada do Brasil!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Doce de leite de leite condensado


Doce de leite de leite condensado cozido na panela de pressão!

Gente, minha mãe fazia pra mim e eu amava. Mas nunca tive coragem de fazer até agora.
Quando finalmente decidi fazer tive que recorrer ao google para ver os detalhes. E quase não tem sobre o assunto. Até que a colega ajudou com seu blog.
Então aí vai:
Coloque uma Lata ( tem que ser lata, não vale caixinha!) de leite condensado em uma panela de pressão com a água um pouco acima da lata( Não esqueça de retirar o rótulo de papel da lata para não entupir a válvula).  Leve ao fogo. Comece a marcar o tempo assim que começar a chiar.
Ø  Se quiser ao ponto de usar como recheio de bolos etc., 30 minutos no fogo.
Ø  Se quiser no ponto da foto, 40 a 45 minutos.
Ø  Se quiser ao ponto de corte 50 a 55 minutos.

Atenção!!!
Só abra depois de extremamente frio, ou vai tomar um banho de doce fervendo e não vai ser nada legal.
Na pressa, ponha um tempinho dentro da água e depois leve ao congelador.

    Bom apetite!

Lilly Araújo


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Prêmio Alt Fest ! Fliporto!





Reblogando o texto do amigo Rodrigo Domit sobre este evento maravilhoso no qual tenho a honra de estar Selecionada com meu poema : PASSAGEIRO 23




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Rodrigo Domit: Prêmio Alt Fest ! Fliporto:

Foi divulgado ontem (09/11) o resultado do Prêmio Alt Fest ! de poesia - patrocinado pela Festa Literária Internacional de Porto de Galinhas, mais conhecida como Fliporto.

A poesia Indistinto  está entre as vinte selecionadas para compor a antologia do concurso e será publicada ao lado das poesias dos colegas: André Kondo, Ed Gonçalves (primeiro colocado), Janaina Santos Barroso, Lilly Araújo, Matheus José dos Santos (o mineiro), Ricardo Mainieri, Rosana Banharoli, O Próprio Rodrigo Domit, Sérgio Bernardo (terceiro colocado) e Simone Pedersen.

Entre as cinquenta e uma poesias finalistas ainda posso citar estes nomes conhecidos: Ana Paula Scolari, Gerusa Leal, Marcos Moura, Simone Brichta, Talles Azigon e Thiago de Paula.

Fico feliz tanto pela seleção quanto pela grande quantidade de pessoas para compartilhar o brinde!



Fonte:
http://concursos-literarios.blogspot.com/2011/11/finalistas-premio-alt-fest.html 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Tempo para tudo



Tempo para tudo

A brisa batia contra o corpo tecendo-lhe uma sensação de liberdade e prazer. Cada pelo de seu braço era chicoteado pelas rajadas de ar que se contrapunham durante aquele trajeto.
Um misto de alegria e angústia o visitara naquela manhã. Alguns diriam que era o poder sensitivo, outros, que era apenas coincidência. Fosse como fosse, aquele dia não seria apenas mais um dia qualquer.
***
Dias antes, fazia tudo o que qualquer pessoa faria. Pagava as contas, enfrentava filas, chateava-se com o caos do trânsito, comia os deliciosos salgadinhos da velha amiga, beijava os netos e se orgulhava dos filhos. Era um pouco de cada coisa. Um pouco de pai, um pouco de avô, um pouco de amante, um pouco de amigo, um pouco de cidadão. Um tanto HOMEM.
Gastava seu tempo da melhor forma possível. Humano que era não saberia prever o dia exato do seu fim aqui nessa efêmera e passageira vida. Então usava sua inteligência e força para fazer o bem como sabia. Não era perfeito. Nunca seria. Era homem! E aprendia pouco a pouco a ser melhor a cada dia.
***
Minutos antes, sentia-se bem. Viril. Saudável. Completo. Até arriscava-se a umas reflexões felizes que faziam brotar um sorriso no canto dos lábios, dando-lhe um ar jovial, o que contrapunha com seus traços de homem de meia idade, com marcas de expressões que o tempo havia lhe sulcado, principalmente na testa e entre os olhos, com precisão de um artesão que esculpe a sua escultura.
Segurava firme o guidom da moto. A cada vez que acelerava, sentia-se no comando de tudo. Desviava-se de imperfeições na estrada com destreza ímpar. Acelerava mais em trechos íngremes, vencendo a barreira da gravidade que impunha seu peso. Já em outros trechos, desacelerava tranquilamente, enquanto seus olhos percorriam a paisagem natural, quase primitiva, daquele cerrado que o cercava. Os sons eram esparsos. O silencio do percurso só era quebrado por sons de pássaros, do seu próprio motor e pelos raros veículos que se cruzavam com ele em destino oposto ao seu.
***
O movimento foi abrupto e sem aviso prévio. Sem seta, sem buzina, nem luz de freio. Não deu tempo. Apenas um relampejar de movimentos disformes e descoordenados se sequenciou. E então se ouviu o estrondar de corpos se chocando. Não havia dado tempo de perceber o animal, nem tão pouco de desviar-se dele. O pobre infeliz invadiu a pista desavisadamente.
Agora as sensações eram mais confusas que nunca. O barulho de motor persistiu por alguns instantes, enquanto ele ainda tentava entender o que lhe havia acontecido. Sentiu um leve gosto de sangue subir-lhe pela garganta e tomar-lhe o paladar. O corpo já não obedecia mais a seus comandos. A última coisa que viu antes de tudo se escurecer foi os olhos grandes e redondos do cavalo na horizontal, fitando fixamente os seus próprios olhos, com uma expressão de incompreensão tanto quanto as sua.
***
Muitos dias depois, compreenderíamos enfim que aquele dia era apenas o princípio do seu adeus. E que depois do trágico acontecido, ele só continuaria entre nós para que seus entes queridos tivessem um pouco mais de tempo junto a sua figura insubstituível.
Despediu-se da vida às prestações. Dia após dia, em cima daquele leito de hospital. Agora sim, teve tempo de entender que encerrava aqui sua curta, mas muito preciosa, jornada.
***
Fechou os olhos pela última vez numa primavera do mês de outubro. Alçou voo ao desconhecido. E atrás de si deixou um rastro de extremas saudades.
Não por castigo. Não por imprudência. Não por razão explicável nenhuma que se buscasse. Apenas porque há tempo para tudo nesse nosso existir. Inclusive tempo de se despedir.

Homenagem a Sr. Ronaldo Carlos (+19/10/2011)

© Por Lilly Araújo - Direitos Autorais Reservados

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