Ela é a mulher amada. Descubro-a atrás de uma cortina de
memória. Descubro-a em metáforas celestes: Via Láctea chorando, arco-íris
derramando soledades, uma nuvem de outra cor, uma música abrindo asas de anjos
e sabiás, uma palavra que o mar assopra em noite de lua cheia, uma bailarina
num salão de folhas a dançar entre a clorofila e a mina de ouro. Descubro-a
inteira, história de maternidade, pueril sorriso, coração de rosas. Silenciosa
me diz que é apenas uma mulher. Não quer nada. Não pede nada. Quer que sua
presença seja o que ela é. E eu compreendo. Ela só quer ser a mulher que é. Só
quer que eu a veja. Vê-la, é aprender. É sonhar. É respeitar o que ela traz:
amor e transformação.
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