quinta-feira, 8 de julho de 2010

Mais um motivo para esperança


Cientistas do governo norte-americano descobriram um anticorpo capaz de neutralizar 91% das cepas do vírus HIV, causador da aids, informa o The Wall Street Journal. A porcentagem de cepas neutralizadas é muito maior do que a de qualquer outro anticorpo conhecido. A descoberta é considerada um avanço rumo ao desenvolvimento de uma vacina para a síndrome da imunodeficiência adquirida.


Os cientistas norte-americanos descobriram um total de três poderosos anticorpos. Ao analisaram em mais detalhes aquele que foi percebido como o mais forte dos três, os cientistas puderam identificar com exatidão em que parte do vírus o anticorpo age e de que forma ele ataca. A descoberta vem à tona dez dias antes da abertura da Conferência Internacional de Aids, em Viena.

Segundo dois estudos publicados nesta quinta-feira na edição online da revista especializada Science, um dos anticorpos recém-descobertos ataca um braço do vírus pelo qual ele se conecta às células que infecta. Como esse braço precisa se conectar a uma molécula específica na superfície da célula, esta é uma das poucas partes do HIV que não costuma apresentar muitas mutações.

Os anticorpos foram descobertos nas células de um homossexual afro-americano de 60 anos de idade, conhecido na literatura científica como Doador 45. Os anticorpos foram produzidos naturalmente pelo corpo do paciente. Os pesquisadores analisaram 25 milhões de células do Doador 45 até descobrirem 12 responsáveis pela produção dos anticorpos.

A questão primordial agora para os cientistas é o desenvolvimento de uma vacina ou de algum outro método que capacite o corpo de qualquer ser humano a produzir esses anticorpos.

continue lendo aquiFonte G1.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Minha Vovó Partiu.


Neste dia 05/07/2010, uma segunda-feira minha querida avó materna deixou este mundo e passou para o lado da eternidade. Um mundo tão temido! O mundo pós-morte.


Uma intervenção cirúrgica que seria simples e evitaria que um coágulo lhe causasse um derrame, acabou sendo mal sucedida, e deixando-a assim com parte do corpo paralisado. Começava uma corrida contra morte que ainda iria se desenrolar por um longo período.

Após um tempo na UTI, ela foi para um quarto comum, mas ainda entubada e com sonda. Cena muito triste de se ver! Depois, já em casa, continuaria o sofrimento que ela insistia em enfrentar sempre com bom humor e sem reclamar nunca (isso intrigava a todos que viam).

Estava condenada a uma vida presa em uma cama. Começava assim a jornada de fisioterapias, fraldas geriátricas, medicação intensa, colchão especial para evitar a escaras, (que são feridas que acometem pessoas acamadas que não recebem cuidados adequados), comidas administradas por terceiros, assim como o banho ou qualquer locomoção por mínima que fosse. Mas ainda via em seus olhos a paz que excede qualquer entendimento, como se ela já estivesse na morada dos anjos.

Ela seguiu assim a sua jornada. Sem nunca abandonar a cruz. E quase três anos se passaram...

Até que um dia ela teve uma piora, e foi internada novamente. Seriam mais três meses de espera pela morte que ela insistia tanto em driblar. Ela aprendeu a fugir da morte há muitos anos atrás. Ainda me lembro como hoje, quando era ainda muito criança, tinha entre cinco e seis anos, e várias vezes minha mãe me preparava o espírito antes que chegássemos à casa de vovó. Mal sabiam os filhos e netos, que para a nossa alegria, ela ainda duraria mais vinte e cinco anos, pois depois de se tornar cristã ficou consideravelmente saudável, até o último acontecido.

Nos últimos três meses de UTI, vovó teve de quase tudo: pneumonia; outro derrame; falência dos rins, que a levou a sessões hemodiálise, feridas pelo corpo, além do diabetes e pressão alta que ela já tinha; e por último, outra hemorragia interna, até que finalmente a vida deixou seu corpo quase que apodrecido.

Velhinha obstinada minha vó, que se recusava a morrer.

Lembro de ter pedido sinceramente a Deus que a tomasse para Si, no domingo anterior à sua morte, logo depois de minha mãe passar em minha casa chorando pelo estado tão grave de sua mãezinha.

Quando meu telefone tocou na manhã de segunda, e me deram a notícia de seu falecimento, me veio um sentimento avesso ao de uma perda como essa, então, ao invés de chorar, eu dei um suspiro de alívio e tive uma estranha satisfação. Ela estava como o Pai!

Recusei-me a contemplá-la no caixão. Segui seu rápido velório apenas a certa distância, enquanto todos relatavam que seu estado era irreconhecível devido ao inchaço. Guardei para mim as lembranças de quando ela ainda vivia entre nós.

Recusei-me a chorar até o fim de tudo. Deixei o choro para os outros que eu tentava consolar. Minha vovó foi para onde eu mesma gostaria de estar, pude sentir com todos meus ossos, a paz de entregá-la ao Criador.

Estou feliz! E ao certo estão comentando sobre a neta que não chorou no velório da avó. Mas ela me deixou lições grandes demais para que eu me esquecesse naquela hora. Creio que naquele momento aquela paz que residia tão fortemente dentro dela tenha me envolvido e eu sorri diante de sua vitória até sobre morte.

Vá em paz querida vózinha. Eu não vou chorar sua morte. Vou sorrir, porque foi muito bom enquanto durou, e daqui a pouco a gente se encontra.





“Porque a morte para aqueles que estão em Cristo é apenas o começo” (Fé Cristã)




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