segunda-feira, 2 de maio de 2016

Metamorfose Constante


Metamorfose constante

Tio, eu não quero levantar hoje,
— O que passa, menina minha?
Acho que estou doente. O amor mata, tio?
— O amor, AMOR mesmo, desse que só o de mãe?... Mata não!
Estou com dor, tio! Meu estômago revira, tem um nó nas minhas vísceras, o coração está nos pés e fui decapitada... Eu estou morrendo, tio?
— Só desse amor aí... esse amor aí mata todos os dias, e todos os dias nos ressuscita.
Quantas vezes eu terei de morrer até virar mulher?
— Todos!


Lilly Araújo 02/05/16 [09:00h]

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