Bandeja de
prata
Oferecer-me-ei
em bandeja de prata,
em doses homeopáticas,
com a alma
fracionada.
Porque sou
tanto,
e muito e
sempre,
que se
enojarás logo de mim,
e a culpa é
toda minha apenas.
—Mea culpa sempre.
Serei
fracionada.
Dopada,
refreada,
e quase
vegetativa,
antes que
consuma-me
em amor
febril.
Estou
retornando para penumbra,
à sombra de
mim mesma,
porque o
espelho me assustou.
Não consigo
mais me encarar,
são tantas
curvas, e fibras, e carnes
e suspiros,
e músculos entumecidos...
Recolho-me.
Calada.
Alma
fracionada.
Em bandeja
de prata.
Lilly Araújo
– 04/05/16 [11:50h]
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