Evolução
Não trocamos
mais salivas,
trocamos
“curtidas”.
Até o sexo é
meio cibernético
hoje em dia.
Há sempre
uma máquina em questão,
e o prazer
se concentra
no apertar
de um botão.
Não trocamos
mais afagos.
No máximo um
olhar fortuito,
quase que um
tatear,
entre
conferir a tela do aparelho
e o caminho
para se não tropeçar.
Não trocamos
mais poesia,
ou serenata,
ou jantar à luz de velas.
E o máximo
que se pode esperar,
na curta
madrugada,
é o
resplandecer da luz de nossas telas.
Não plantamos
para o futuro,
praticando
assim “arte da terra”,
ao se
aprender a esperar
o florir e o
gozar o fruto.
Agora tudo é
imediato,
e frívolo,
e indireto,
e permeado
por códigos,
e teclas e
tubos.
#Lilly
Araújo 15/11/15
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