terça-feira, 10 de maio de 2016

Ame e deixe livre



 

Ame e deixe livre

Sabe aquela velha história: —  Deixe quem você ama livre para voar e se ele voltar... blá blá blá?!
Pois é, eu sou totalmente e absolutamente assim. Eu realmente não acredito em amor preso entre os dedos.
Você já tentou prender uma borboleta? — Eu já. Foi desastroso! As asas soltaram um pó e se desfizeram. Foi triste. Mas eu era uma criancinha apenas e aprendi a lição.
Hoje eu só amo à distância suficiente para que não fira o ser amado. Sabe, isso é tão óbvio pra mim. É tão entranhado no meu ser. Eu amo tantas plantas e insetos delicados, e borboletas, principalmente borboletas (!!) eu vivo me aproximando e torcendo para que alguma me queira tocar. Mas eu nunca as prendo. Não faria sentido.
Eu consigo amar a todos os animais e respeitar seus temperamentos e limites. Por isso posso ter uma aranha de estimação, ou uma cobra, ou um cão submisso e dócil, ou gato insubmisso e esnobe; ou um mico estrela temperamental, que se eu bobear vive me pregando uma mordida que sangra. Mesmo assim eu o amo! Eu o respeito.
Você nunca me verá com um pássaro engaiolado. Simplesmente nunca!!!
Eu amo a beleza do bicho livre e solto e sendo ele mesmo. Eu sou expectadora da beleza que voa, e me energizo com isso. E sorrio com a alegria e pego carona para o paraíso.
Eu só amo se me quiserem amar. Se não quiserem, eu deixo ir...
Eu os respeito. Eu aprendi a me respeitar!

Lilly Araújo – 10/05/16

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