quinta-feira, 28 de abril de 2016

A relatividade e o tempo



A relatividade do tempo

O tempo pode ser o ‘Canto da Sereia’ que te prende em seus braços e te mantém assim, para sempre hipnotizado, e que desfila num cenário que talvez seja o paraíso onde o tempo simplesmente não existe.
O tempo pode ser o de um segundo, ou milésimos de milésimos de um segundo, onde dois elétrons se encontram e se se fundem em completa sincronia na dança das órbitas espaciais. Também pode ser o feixe de próton tão ínfimo para leigos, tão ignorados, mas que deixa sua marca para sempre num coração desavisado...
Mas o tempo... Ah!!! Esse poderoso deus que fulgura entre os olhos crentes, entre os olhos ateus, pode vir num resplendor inimaginado, em um piscar de olhos, deixar tudo no passado.

O tempo é mestre. É um nobre professor que nos ensina que o que ontem nos fez chorar, hoje nos causa escárnio, e talvez apenas um comichão de cócegas, porque o tempo é o exímio jogador de xadrez, que vira o jogo num repente e põe tudo que antes era perda ou dor em xeque-mate.

O tempo é essa sensação individual e mutante, que voa se estamos felizes, mas se eterniza em momentos extasiantes.
O tempo é esse segundo eterno, que cabe entre o cruzar de dois olhares que nunca mais serão os mesmos daqui em diante...

O tempo é bicho solto que um dia tentaram prender numa caixa cíclica chamada relógio, inventada por semideuses egoístas com a pretensão de nos manter em ritmo constante, assim como o timoneiro em suas pancadas para ditar o ritmo do remador...

Mas o tempo só vale mesmo se esquecermos dele para morrermos de amor!


Lilly Araújo 28/04/16 (8:24h)


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