A conta
Depois do
último gole,
e refeita do
último trago,
eu titubeio
por entre o salão
rumo à porta
de saída.
A música
tortuosa e em descompasso
afugenta-me
os pés, já trôpegos demais
para uma
última dança.
Pago a
conta.
E no caminho,
entre o caixa e a sarjeta,
tropeço em
lábios quaisquer.
Limpo os
olhos,
na certeza
do rímel escorrido,
pergunto
sobre uma esticadinha
subentendido
por um sorriso cínico.
Sigo o ritmo
que já nem ouço,
e nem é
preciso, pois o sei de cor.
E entre um strip-tease
de quinta,
e um sexo de
sexta,
eu apenas
engulo tudo e pago a conta.
Eu sempre
pago a conta.
Lilly Araújo
– 02/07/16
(21:25 h)
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