Caixa de
Pandora
Eu te
coleciono,
como se cada
peça tua fosse minha,
e fizesse
parte do meu ser.
Eu te
coleciono a cada imagem,
a cada
sorriso,
em cada novo
amanhecer.
Eu te guardo
na minha
Caixa de Pandora,
e a abro
todos os dias,
sem ter medo
de morrer.
Eu te sorrio
e te choro
na mesma
lágrima
e na mesma
gargalhada,
porque já
não sei
se és riso
ou pranto.
E quando
vens,
em nuvens,
em sussurros,
em imagens
ou lembranças,
eu me lembro
que já morri,
quando de
mim
se foram
todas as esperanças.
E eu sigo a
colecionar-te
em
fragmentos revoltos.
Tua imagem
sorridente e
teus cabelos
soltos.
Ah!...
Aqueles fios entre meus dedos,
e meus
dentes entre teus dentes,
e o teu ser
em minhas entranhas...
Eu te
coleciono,
nesse forma
de continuar viva,
dessa
maneira tão estranha.
Lilly Araújo
09/01/16
Ser poeta é isso, é servir as próprias aflições como deleite para quem as lê. Um beijo.
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