terça-feira, 27 de setembro de 2016

Das vezes de esperar



 
Das vezes de esperar

Vinte velas acesas para iluminar o meu sonho,
vinte vezes eu olho na tela do celular buscando em vão,
na aridez da descompostura da minha cervical
que me entorta todas as juras que nunca cumpro a mim mesma.

Pela vigésima vez, só esse ano, eu me embriago
de absinto e mel, como se o paladar
de qualquer um deles fossem-me a mesma coisa.

Vinte vezes eu olhei o horizonte na esperança de ver você chegar,
entre as brumas mal dormidas e sorrisos amarelados
desfeitos no brilhar de uma aurora boreal.

Vinte vezes ou um pouco mais,
e nunca, nunca em qualquer uma delas,
meu peito teve um instante sequer de paz.

Lilly Araújo - 27/09/2016
08:59h

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por vir até aqui e ainda deixar sua opinião.Bjos!

MyFreeCopyright.com Registered & Protected