Das vezes de esperar
Vinte velas acesas para iluminar o meu sonho,
vinte vezes eu olho na tela do celular buscando em vão,
na aridez da descompostura da minha cervical
que me entorta todas as juras que nunca cumpro a mim mesma.
Pela vigésima vez, só esse ano, eu me embriago
de absinto e mel, como se o paladar
de qualquer um deles fossem-me a mesma coisa.
Vinte vezes eu olhei o horizonte na esperança de ver você
chegar,
entre as brumas mal dormidas e sorrisos amarelados
desfeitos no brilhar de uma aurora boreal.
Vinte vezes ou um pouco mais,
e nunca, nunca em qualquer uma delas,
meu peito teve um instante sequer de paz.
Lilly Araújo - 27/09/2016
08:59h
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