segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A crença



A crença


Eu creio contra esperança!
Creio com a fé genuína e sem limites
de uma pobre criança.


Creio na contramão dos fatos,
na inexatidão do hoje,
na escuridão do agora,
e no escoar das horas.


Eu creio que de novo será,
um dia desses qualquer.
E que não demora muito,
eu volto a ser mulher...
Porque meu corpo demanda,
meu coração implora,
que seja ontem,
ou que seja agora.


Eu creio,
ainda que não devesse,
e ainda que não soubesse,
porque descrer,
não está no meu cardápio.


Eu creio, 
com toda fome do meu ser,
e te degusto nas minhas lembranças,
e aguço o meu paladar!

Porque te espero 
com toda a esperança,
de outra vez te provar.


Lilly Araújo 14/12/2015


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