TODO MEDO DO MUNDO
Tenho medo!
Tanto medo que me encolho
sobre rochas escorregadias repletas
de limo.
É noite eterna em minha alma,
ainda que sol a pino.
Tenho medo. Muito medo!
E ainda olho o horizonte perdidamente
em busca de um farol, que nunca mais!
A luz que me resta na mente, mente.
À beira-mar,
revolto mar, escuro mar bravio,
eu diminuo e me aninho.
Abraço meus braços gélidos e
esquálidos
porque me falta a vida, no sopro do
teu hálito.
Tenho medo. Tanto medo!!
Que não ouso mais dormir ou cochilar.
Tanto medo, que nunca mais pude
sonhar.
E fico aqui,
no intermeio desse mundo onde habito,
que não entendo e nem me atrevo,
porque tenho um medo infinito.
Lilly Araújo – 05/04/18
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